Prof.Dr.Luis Carlos Figueira de Carvalho

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SUPORTE RESPIRATÓRIO

SUPORTE RESPIRATÓRIO

Embora a maioria dos infectados pelo novo coronavírus tenha sintomas leves, cerca de 5% deles precisam de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) porque evoluem com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a maior causa de complicação da COVID-19, geralmente acompanhada de sepse e choque séptico relatados; miocardite, arritmia e choque cardiogênico; e lesão renal aguda.

A forma de propagação, a alta taxa de transmissibilidade e o alto nível de contágio, somados à ausência de imunidade ao vírus SARS-Cov-2 na população, têm resultado em um número crítico de casos graves da doença em todo o mundo.

A falência respiratória aguda, típica em casos graves de COVID-19, é caracterizada por:

  • falta de ar,
  • aumento da frequência respiratória,
  • tonturas,
  • hipotensão e
  • batimentos cardíacos acelerados.

Diante desses sinais, o paciente deve ser assistido em uma unidade de emergência imediatamente.

Um sinal de complicação comum é a queda de saturação periférica de oxigênio (SpO2) do paciente, quando em ar ambiente, a níveis menores que 95%, sendo necessária a administração de oxigenoterapia suplementar imediata.

oxigenoterapia é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) como terapia de primeira linha para o tratamento de complicações respiratórias por COVID-19. Os métodos de administração variam e devem ser determinados pela gravidade da doença.

hipóxia (diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos) pode ser um indicativo de hipoxemia - baixa concentração de oxigênio no sangue arterial (pressão parcial de oxigênio no sangue arterial - PaO2). Na COVID-19, a hipoxemia é uma condição com risco de morte, com indicação de internação em leito de terapia intensiva. A gasometria arterial é considerada padrão ouro na avaliação da hipoxemia, embora seja um método diagnóstico doloroso e invasivo. A medida de SpO2 através da oximetria de pulso, por sua vez, guarda estreita relação com a PaO2 e também assume importante papel no diagnóstico de hipoxemia.

No vídeo, a Dra. Natália Tavares, pesquisadora da Fiocruz Bahia comenta sobre a hipóxia silenciosa, uma das características importantes da COVID-19.

A insuficiência respiratória hipoxêmica é bastante comum no curso da COVID-19 e deve ser reconhecida precocemente. Em adultos, é definida com a PaO2 abaixo de 60mmHg com necessidade de suplementação de oxigênio para manter saturação periférica de oxigênio acima de 90%; e em crianças, com a PaO2 abaixo de 60mmHg ou SpO2 menor que 90%, apesar de suplementação de oxigênio.

Ao sinal de falha na oxigenoterapia padrão do paciente com dificuldade respiratória, a equipe de intensivistas deve se preparar para fornecer suporte avançado de oxigênio/ventilação.

Apesar de ser indicada em muitos protocolos de assistência e trabalhos científicos publicados em todo o mundo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Nota Técnica n.º 4/2020, atualizada em 08/05/2020, contraindica o uso de ventilação mecânica não invasiva (VNI) e cateter nasal de alto fluxo de oxigênio (CNAF) pelo risco de geração de aerossóis e contaminação do ambiente, bem como de profissionais. De acordo com o órgão, a ventilação mecânica invasiva deve ser indicada precocemente.

O Ministério da Saúde ressalta que nos casos em que sejam necessários o uso de cateter de alto fluxo de O2 e/ou VNI, o paciente com COVID-19 deve, idealmente, ser isolados em um único ambiente com a devida segurança. Nesse mesmo sentido, a Associação Brasileira de Fisioterapia Respiratória (Assobrafir) recomenda que o uso de CNAF e/ou VNI deve ser realizado em situações específicas, nas quais se tenha quarto de isolamento, máscara sem reinalação e quarto com pressão negativa, garantindo, dessa forma, a segurança dos profissionais e demais pacientes.

Existem várias formas de suporte respiratório não invasivo para socorrer pacientes com COVID-19 com sintomas leves ou moderados de dificuldade respiratória. Quando utilizados de forma apropriada, podem reduzir o número de pacientes que necessitam de suporte em UTI e ventilação mecânica. No entanto, grande parte dos métodos de oxigenação suplementar e suporte respiratório podem potencialmente gerar a aerossolização de patógenos respiratórios.

A tomada de decisão acerca do suporte respiratório para pacientes afetados pela COVID-19 deve equilibrar o benefício clínico da intervenção contra os riscos de disseminação hospitalar do vírus. Essa situação apresenta-se como desafio à medida em que a mitigação da aerossolização por intubação endotraqueal precoce traz consigo o potencial uso prolongado de um leito de UTI e ventilador mecânico (VM), que pode não estar disponível no contexto de uma pandemia devido à sobrecarga dos sistemas de saúde.

Dessa forma, o gerenciamento da insuficiência respiratória associada à COVID-19 exige uma ampla e complexa consideração das opções de suporte respiratório invasivos e não invasivos.

 

 

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