Os coronavírus dizem respeito a um grande grupo de vírus. Os primeiros coronavírus humanos foram isolados em 1937. No entanto, apenas em 1965 o vírus foi nomeado: em decorrência do perfil na microscopia, foi observada semelhança com uma coroa. Como em latim “coroa” é chamada Corona, esses vírus receberam o nome de coronavírus.
Cada um deles é formado por um núcleo de material genético, cercado de envelope com espículas de proteína.
O SARS-CoV-2, um vírus envolto em RNA de fita simples, tem como alvo células através da proteína do pico estrutural (S) viral que se liga ao receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2).
Após a ligação do receptor, a partícula do vírus usa receptores de células hospedeiras e endossomos para entrar nas células. Uma vez dentro da célula, são sintetizadas poliproteínas virais que codificam para o complexo replicase-transcriptase.
O vírus então sintetiza o RNA via sua RNA polimerase dependente de RNA. As proteínas estruturais são sintetizadas, levando à conclusão da montagem e liberação das partículas virais. Essas etapas do ciclo de vida viral fornecem alvos em potencial para a terapia medicamentosa.
GENÉTICA
- O sequenciamento genômico e a análise filogenética indicaram que se trata de um betacoronavírus, do mesmo subgênero da síndrome da insuficiência respiratória aguda grave (SARS), que causou epidemia na China em 2003, e da síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS), que causou o mesmo quadro no Oriente Médio em 2012.
- Há 96,2% de identidade genética com o betaCoV/bat/Yunnan, vírus isolado de morcegos.
- A estrutura do gene do receptor de ligação do vírus às células é muito semelhante ao coronavírus da SARS e o vírus parece usar o mesmo receptor enzima 2 de conversão a angiotensiva (ACE2) para entrar na célula