Os exames apontados no quadro são de admissão e devem ser igualmente utilizados para avaliar a evolução clínica dos pacientes.
EXAMES DE ADMISSÃO |
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Ressalte-se a importância da realização da oximetria de pulso ou, quando possível, da gasometria arterial (mais precisa, porém mais dolorosa) para a avaliação e o acompanhamento dos níveis de oxigenação do paciente, bem como para orientar as decisões relativas ao tipo de oxigenoterapia e à ventilação mecânica.
A periodicidade das coletas dos exames citados poderá variar de acordo com as condições clínicas dos pacientes.
As anormalidades laboratoriais mais comuns em pacientes com doença grave são:
- Leucopenia
- Linfopenia
- Leucocitose
- Transaminases hepáticas elevadas
Outras anormalidades incluem: neutrofilia, trombocitopenia, elevação de creatinina sérica e elevação de lactato desidrogenase sérica e marcadores inflamatórios.
EXAMES DE ADMISSÃO |
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A Dra. Denise Machado Medeiros, médica intensivista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), fala sobre os exames e os marcadores laboratoriais.
Exames laboratoriais de definição etiológica da COVID-19
A decisão de fazer os exames de testes de biologia molecular para SARS-CoV 2 e Influenza deve ser baseada em fatores clínicos e epidemiológicos. A coleta e testes de amostras adequadas de pacientes que atendem à definição de casos suspeitos de COVID-19 é importante para a confirmação diagnóstica, o tratamento clínico e controle do surto.
Conforme indicação da Rede CoVida - Testes diagnósticos da COVID-19:
- O RT-PCR deve ser solicitado somente entre 3 e 7 dias após o início dos sintomas;
- Para o RT-PCR, deve ser colhido o material de oro-faringe ou escarro (não usar sangue nem urina);
- O teste para detecção de anticorpos (teste rápido ou ELISA) só deve ser solicitado após 7 dias do início dos sintomas.
A coleta de amostra respiratória para esses exames deve ser feita por “swab” nasal (narinas direita e esquerda) e “swab” de orofaringe.
SWAB NASAL | SWAB DE OROFARINGE |
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Técnica para “swab” de nasofaringeMaterial necessário:
Técnica:
Em caso de “swab” nasofaríngeo em lactentes ou crianças jovens:
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Técnica para “swab” da faringe posterior ou “swab” da gargantaMaterial necessário:
Técnica:
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Fonte: Cuidados Clínicos de Infecções Respiratórias Agudas Graves Tool kit (Clinical care of severe acute respiratory infections – Tool kit - OMS)
É fundamental o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados para as coletas (luvas, jalecos descartáveis, máscaras cirúrgicas ou respiradores com a N-95, óculos de proteção e protetores faciais). Para saber mais sobre procedimentos de proteção, veja a Aula 7 - Procedimentos de proteção e controle de infecção em ambiente hospitalar.
O teste molecular é realizado com maior frequência para detecção da presença do RNA do vírus SARS-Cov-2 é o RT-PCR. Vale ressaltar que esse teste, em geral, é positivo nos primeiros dias da infecção (até o 7o dia do início dos sintomas), sendo importante para identificação de casos na sua fase inicial e, eventualmente, para identificar os pacientes que permanecem capazes de transmitir o SARS-CoV-2 por tempo mais prolongado. O teste molecular pode dar negativo se realizado em uma fase posterior da doença, ou pode ser um “falso negativo”, não descartando totalmente a possibilidade de COVID-19.
Já o teste sorológico - sejam os testes rápidos imunocromatográficos ou os testes tradicionais de ELISA - visam identificar a presença de anticorpos contra o vírus, em geral detectáveis a partir do 8o dia e, principalmente, após o 14o dia . Também existe a possibilidade de resultado “falso negativo”, bem como não há garantia de que o resultado positivo assegure a imunidade contra a doença. Portanto, os testes sorológicos em geral não são úteis para o manejo clínico imediato, mas podem ser importantes em estudos epidemiológicos e em decisões relativas ao retorno de profissionais às atividades, entre outras possibilidades.
Vale destacar que o teste para diagnóstico diferencial ou identificação de infecção concomitante por influenza deve ser realizado precocemente, visto que existe terapia medicamentosa específica para essa doença (Oseltamivir) que deve ser iniciada, caso o resultado seja positivo ou caso haja suspeita de influenza e sinais de gravidade clínica. Para saber mais sobre Suporte Farmacológico, consulte a Aula 4.
Ressalte-se ainda que outros exames podem ser necessários para diagnóstico diferencial, caso haja suspeita de outras doenças de etiologia viral ou bacteriana.
Para mais informações sobre testagem para SARS-Cov-2, consulte: