Os sinais e sintomas da COVID-19 são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Pode haver também infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias.
Esses são os sinais e sintomas conhecidos. No entanto, o novo coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizá-los melhor.
Sintomas leves
Como os sintomas da COVID-19 são bastante parecidos com os da gripe, os casos devem ser avaliados individualmente. Com o aumento de casos suspeitos e a quantidade insuficiente de testes laboratoriais disponíveis para a confirmação da doença, muitos diagnósticos serão feitos apenas com exame clínico.
A recomendação do Ministério da Saúde é que apenas os casos de internação ou graves sejam testados - dificuldade para respirar, febre muito alta (a partir de 39°C) e mal-estar excessivo.
Os profissionais de saúde, que estão sob alto risco e não podem deixar de atender os pacientes, também devem ser testados em caso de sintomas.
Se uma pessoa está com sintomas de gripe e febre baixa ou dor de garganta moderada, coriza, deve ficar em casa e evitar clínicas, hospitais ou unidades de saúde, até a melhora do quadro clínico (máximo de 14 dias). Se apresentar sintomas leves da COVID-19, deve seguir as orientações do Ministério da Saúde para o isolamento domiciliar. É importante se manter hidratado.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, 81% dos infectados pelo novo coronavírus têm sintomas leves da doença, como tosse e coriza; 14% apresentam sintomas graves e 5% evoluem para um quadro crítico, que pode levar à morte.
Sintomas graves
A COVID-19 exige atenção para os grupos de risco, como idosos, pessoas com doenças respiratórias ou que diminuem a imunidade, como diabetes, cardiopatias e hipertensos, gestantes e mulheres com até 45 dias de pós-parto.
Pessoas do grupo de risco e/ou que apresentam sintomas mais intensos, como dificuldade para respirar, febre muito alta (a partir de 39°C) e mal-estar excessivo devem procurar a unidade de atendimento mais próxima.
Conheça aqui alguns canais de atendimento que podem orientar suas dúvidas:
- Para esclarecer dúvidas, ligue no número 136, do Ministério da Saúde;
- Pelo celular, pode ser utilizado o link ou salvar o número +55 (61) 9938-0031 à agenda do telefone e iniciar uma conversa com um "Oi".
- Procure o site da Secretaria de Saúde da sua cidade para informações sobre onde buscar atendimento. Normalmente será a Unidade Básica de Saúde mais próxima de você
É muito importante que os profissionais de saúde que lidam com pacientes com a COVID-19 estejam atentos aos sinais indicativos de evolução com gravidade da doença e sinais de deterioração clínica, como febre persistente e queixa ou sinais clínicos de dispneia.
A Síndrome Gripal é caracterizada por febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse, dor de garganta ou dificuldade respiratória, na ausência de outro diagnóstico específico.
Em crianças menores que 2 anos de idade: febre de início súbito, mesmo que referida, e sintomas respiratórios, como tosse, coriza e obstrução nasal, na ausência de outro diagnóstico específico.
O quadro resume os principais sintomas e sinais de gravidade em adultos e crianças.
SINAIS E SINTOMAS DE GRAVIDADE | |
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ADULTOS | CRIANÇAS |
Déficit no sistema respiratório:
Déficit no sistema cardiovascular:
Sinais e sintomas de alerta adicionais:
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Déficit no sistema respiratório:
Sinais e Sintomas de alerta adicionais:
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É também importante registrar a frequência cardíaca e respiratória de todos os pacientes. Isso é ainda mais importante no caso de crianças e outras pessoas que podem não apresentar febre. Os parâmetros normais cardíaca e respiratória por faixa etária são apresentados no Quadro.
Frequência respiratória normal de acordo com as faixas etárias
IDADE | FREQUÊNCIA |
---|---|
1 a 12 meses | 30 a 53 |
1 a 2 anos | 22 a 37 |
3 a 5 anos | 20 a 28 |
Escolar | 18 a 25 |
Adolescente | 12 a 20 |
Ref: Protocolo influenza 2017
Fonte: American Heart Association, 2015
Frequência cardíaca normal de acordo com as faixas etárias
IDADE | FREQUÊNCIA EM VIGÍLIA | FREQUÊNCIA EM SONO |
---|---|---|
Recém-nascido | 100 a 205 | 90 a 160 |
1 a 12 meses | 100 a 180 | 90 a 160 |
1 a 2 anos | 98 a 140 | 80 a 120 |
3 a 5 anos | 80 a 120 65 | 120 65 a 100 |
Escolar | 75 a 118 | 58 a 90 |
Ref: Protocolo influenza 2017
Fonte: American Heart Association, 2015
Febre persistente como marcador de gravidade
Dra. Claudia Costa, pneumologista, professora coordenadora da disciplina de pneumologia da UERJ e responsável pela instalação da área de pré-atendimento hospitalar na Universidade, fala sobre orientações e procedimentos em caso de febre persistente.
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia promoveu uma série de debates sobre atendimentos e procedimentos médicos no contexto da COVID. Você pode assistir o debate completo aqui