Fatores de risco para evolução da forma grave
A SBI listou em 11.12.2020 como sendo os principais fatores de risco para evoluir para forma grave da Covid-19:
- Pessoas com 60 anos ou mais;
- Doença pulmonar obstrutiva crônica;
- Doença cardiovascular, como insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana, cardiomiopatia
- Diabetes tipo 2;
- Obesidade: IMC de 30 ou mais;
- Doença renal crônica;
- Imunocomprometidos: receptores de transplante de órgãos, pessoas que vivem com HIV e têm contagem de linfócitos T;
- CD4+ baixa, indivíduos com câncer;
- Anemia falciforme.
Estão sendo avaliados se entram ou não para o grupo de risco: gestantes ou com algumas doenças crônicas, como asma moderada e grave, doenças cerebrovasculares, fibrose cística, hipertensão arterial, tabagismo, diabetes tipo 1, demência, doenças hepáticas e outros estados de imunossupressão
Segundo o Ministério da Saúde, as condições produtoras de maior risco a serem consideradas são:
CONDIÇÕES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES |
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Fonte: Ministério da Saúde
De acordo com o Ministério da Saúde, a estratificação dos pacientes deve considerar as condições acima elencadas (que aumentam o risco em relação à gravidade da doença pela COVID-19) e se os sintomas respiratórios se relacionam com o trato respiratório superior ou inferior.
No trato respiratório superior, identificar a presença dos seguintes sinais:
- tosse, coriza, dor de garganta ou febre;
- ausência dos critérios atribuídos ao trato respiratório inferior.
Em relação ao trato respiratório inferior, utilizar o oxímetro para aferir se a SatO2 < 93%, e/ou se a Frequência Respiratória > 22 incursões respiratórias por minuto.
Fonte: Freepik
FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES CLÍNICAS |
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A ausência desses fatores constitui uma situação de baixo risco e a presença de um desses fatores uma situação de alto risco. |
Fonte: Ministério da Saúde
O quadro abaixo apresenta parâmetros em termos do qSOFA para internação em leito geral ou em leito de UTI.
CRITÉRIOS PARA INTERNAÇÃO | CRITÉRIOS PARA INTERNAÇÃO EM UTI |
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qSOFA= 1 Saturação< 92% em ar ambiente Paciente com acometimento pulmonar extenso no exame de imagem |
qSOFA ⋝ 2 qSOFA= 1 e sO2 ⋜ 92% Insuficiência respiratória aguda com necessidade de ventilação mecânica invasiva Necessidade de oxigênio suplementar acima de 2L/min para saturação acima de 92% Hipotensão arterial (PAM< 65 mmhg ou PAS< 90 mmhg) Frequência respiratória acima de 30 irpm persistente Rebaixamento do nível de consciência |
Critérios para calcular qSOFA:
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Elaboração: Hospital Alemão Oswaldo Cruz
qSOFA (quick SEQUENTIAL ORGAN FAILURE ASSESSMENT SCORE)
O qSOFA score (também conhecido como quickSOFA) é uma ferramenta para se usar à beira do leito para identificar pacientes com suspeita/documentação de infecção que estão sob maior risco de desfechos adversos. Os critérios usados são: PA sistólica menor que 100 mmHg, frequência respiratória maior que 22/min e alteração do estado mental (GCS < 15). Cada variável conta um ponto no score, portanto ele vai de 0 a 3. Uma pontuação igual ou maior a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanência prolongada na UTI.
SOFA (SEQUENTIAL ORGAN FAILURE ASSESSMENT SCORE)
Um Sofa Score alto está associado com um aumento na probabilidade de mortalidade (2). O score gradua anormalidades em diferentes sistemas do organismo e também leva intervenções clínicas em conta. No entanto, valores de exames laboratoriais, como PaO2, plaquetas, creatinina e bilirrubinas são necessários para completar a avaliação.