REAÇÃO DE FLOCULAÇÃO. TESTE DE VDRL (VENEREAL DISEASE RESEARCH LABORATORIES)
FINALIDADE: Método de triagem para detecção de reaginas da sífilis.
PRINCÍPIO DE AÇÃO: Metodologia: Reação de floculação. A combinação de lecitina, colesterol e cardiolipina possui semelhança imunológica com antígenos do Treponema pallidum, consistindo em um antígeno não treponêmico. A interação das reaginas da amostra com este antígeno produz floculação que pode ser detectada ao microscópio óptico.
REAGENTES
Número 1 - Antígeno para VDRL em suspensão - conservar entre 2 e 8 oC. Não congelar. Homogeneizar bem antes de usar. Contém: Cardiolipina 0,44 μmol/L, lecitina 3,12 μmol/L e colesterol 23,2 μmol/L em tampão fosfato 10 mmol/L pH 6,0.
APRESENTAÇÃO
Reagente Volume - Reagente No 1 .........6 mL
EQUIPAMENTOS E INSUMOS OPERACIONAIS
Lâmina escavada, microscópio, agitador rotativo ajustávela 180 rpm, pipetas, relógio ou cronômetro. Encontram-se no mercado especializado de artigos para Laboratórios de Análises Clínicas.
CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
A temperatura de armazenamento deverá ser de
CUIDADOS ESPECIAIS
1 - Somente para uso diagnóstico in vitro;
2 - O Antígeno (Reagente Nº 1) e a amostra devem estar à temperatura ambiente no momento do uso;
3 - Não congelar o reagente;
4 - Não utilizar plasma;
5 - O descarte do material utilizado deverá ser feito obedecendo-se os critérios de biossegurança de acordo com a legislação vigente.
6 - O reagente não deve entrar em contato com materiais de borracha.
AMOSTRAS
Soro ou líquido cefalorraquidiano (límpido e isento de fragmentos de coágulos). Não utilizar soros hemolisados ou lipêmicos, pois podem produzir aglutinação inespecífica. A amostra é estável por 05 dias entre 2 e 8 C. Não é preciso inativar o soro. É recomendável jejum de 8 horas antes da coleta de sangue.
DESCRIÇÃO DO PROCESSO
O Reagente Nº 1 é pronto para o uso. Agitá-lo antes da execução do teste.
TÉCNICA
Em uma placa escavada pipetar:
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Amostra ...................50 μL
Reagente Nº 1 ..........20 μL
Agitar manualmente com movimentos circulares ou em um agitador por 4 minutos a 180 rpm. Em seguida, examinar no microscópio no aumento 100 X. Além do teste sem diluição é recomendado uma teste com uma diluição de 1:8 com NaCl 0,85% (para todos os testes), a fim de evitar o efeito prozona. Vide Limitações do Processo.
PROVA SEMI QUANTITATIVA
Cavidade Nº 1 2 3 4 5 6
Diluição 1:2 1:4 1:8 1:16 1:32 1:64
Pipetar em cada cavidade da lâmina escavada 50 L de NaCl 0,85%. Na cavidade Nº 1, pipetar 50 L da amostra a ser titulada, homogeneizar. Transferir 50 L da cavidade Nº 1 para a Nº 2 e assim sucessivamente até a diluição desejada. Desprezar os 50 L em excesso da última escavação.
Em seguida adicionar à cada cavidade, 20 L do Reagente Nº 1. Agitar manualmente com movimentos circulares ou em um agitador rotativo por 5 minutos a 180 rpm. Examinar ao microscópio no aumento 100 X, logo após a agitação. O título corresponde à maior diluição da amostra em que ocorreu a floculação.
TESTE COM LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO
1 - Diluir 1:2 o Reagente Nº 1 com NaCl 0,85%; deixar em repouso por 4 minutos.
2 - Proceder da mesma forma descrita para o soro, usando o líquido cefalorraquidiano centrifugado. Não é necessário inativar.
RESULTADOS
Positivo - Reativo: ocorre floculação com formação de grumos de tamanhos variáveis. Suspensão de aspecto heterogêneo. Neste caso, proceder a diluição da amostra e realizar a prova semi-quantitativa. Negativo - Não Reativo: ausência de floculação, suspensão de aspecto homogêneo.
LIMITAÇÕES DO PROCESSO
Estima-se que
DESEMPENHO DO PRODUTO
Sensibilidade: Em 163 amostras verdadeiramente positivas, não foi encontrado nenhum resultado falso negativo. Especificidade: Em 80 amostras verdadeiramente negativas foi encontrado 1 resultado falso positivo.
ESPECIFICIDADE DIAGNÓSTICA
O método é indicado para teste de triagem. O diagnóstico final não deve ser baseado somente no resultado laboratorial, deve-se correlacionar o resultado com os sinais e sintomas clínicos do paciente. Pacientes com infecção sifílica tratada podem apresentar resultados positivos em títulos baixos (cicatriz sorológica). O VDRL pode ser utilizado para acompanhar a terapêutica, pela rápida resposta representada pela queda de títulos ou mesmo pela negativação e modificações mais lentas ou mesmo inexistentes para os testes treponêmicos.
CONTROLE INTERNO DE QUALIDADE
Deve ser prática rotineira do Laboratório Clínico o uso de controles positivo e negativo para assegurar um desempenho adequado do método.
NÚMERO DE TESTES 300 Testes
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 - GRADWOHLS Clinical Laboratory Methods and Diagnosis – Sonnen Writh and Jerret, Mosby Cd., 1980.
2 - Manual de Reaciones Para el Diagnóstico de
3 - Ferreira, A.W.; Diagnóstico Laboratorial das Principais Doenças Infecciosas e auto-imunes, 2 ed., Editora
Guanabara Koogan SA, 2001.
QUESTÕES
- As condições necessárias para realização da prática foram observadas? Qual a influencia desssas condições para o Imunodiagnóstico?
- Os procedimentos realizados estão de acordo com o protocolo. Comente as alterações ou adaptações realizadas
- Relacione os matérias listados neste protocolo que não foram utilizados e quais outros materiais utilizados. Será que houve alguma falha no procedimento pela falta ou substituição do material?
- Quais as dificuldades encontradas na realização dessa prática?
- Os procedimentos de biossegurança foram seguidos com rigor? Quais os possíveis riscos de acidente de trabalho que os alunos e o professor sofreram? Comente sobre as normas de biossegurança.
- Quais as orientações ao paciente que se deve dar antes e após a coleta de sangue?
- Elabore 10 questões a respeito da prática ao seu professor, para melhor esclarecimento das suas dúvidas