É o período entre a infecção e o início da formação de anticorpos específicos contra o agente causador, momento em que o indivíduo se torna reagente para o HIV, isto é, sai do status de negativo para o status de positivo para o HIV. Os anticorpos contra determinado agente tornam-se detectáveis pelos testes disponíveis. Geralmente, esse período dura algumas semanas, e o paciente, apesar de ter o agente infeccioso presente em seu organismo, apresenta resultados negativos nos testes para detecção de anticorpos contra o agente.
A janela imunológica, janela biológica ou tempo de janela (designação não técnica), é o período entre a contaminação e a possibilidade de detecção do vírus no organismo; é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a seroconversão. Quando um indivíduo se expõe a alguma situação de risco e contrai o HIV, o sistema imunológico reconhece a sua presença e dá início à produção de anticorpos anti-HIV, na tentativa de neutralizar os seus efeitos. O HIV, porém, vai-se alojar dentro de algumas células do organismo, inclusive dentro das células coordenadoras do sistema imunológico - os linfócitos.
Após a infecção (ou situação de risco), o organismo leva de duas a doze semanas para produzir uma certa quantidade de anticorpos que possam ser detectados pelas análises de sangue específicas e este período é chamado de "janela imunológica" - "tempo de janela", ou seja, é o tempo entre a infecção pelo vírus e a seroconversão (quando os anticorpos passam a ser detectáveis no sangue e os testes serológicos tornam-se positivos).
O teste ou análises de sangue, que deve ser repetido, em três e seis meses, detecta os anticorpos do vírus e não o vírus em si . Caso o teste seja feito durante a "janela imunológica", é provável que dê um resultado falso-negativo, embora a pessoa já esteja infectada pelo HIV e possa transmiti-lo a outras pessoas.
Logo que infectado pode transmitir o vírus a outras pessoas, mesmo que a sua presença só possa ser identificada semanas mais tarde. Teoricamente, no período da "janela imunológica" o risco de transmissão do HIV é maior do que no período pós-seroconversão assintomático, porque a taxa de replicação do HIV é alta, uma vez que a pessoa infectada ainda não desenvolveu uma resposta imune contra o HIV.
É importante nesse período que a pessoa não passe por nenhuma situação de risco, pois se estiver realmente infectada, já poderá transmitir o vírus para outras pessoas.