A metodologia, do grego "methodos" (método) e logia ( ciência ou estudo) pode ser descrita como a maneira de estudar ou fazer alguma coisa.
No processo de ensino aprendizagem, a metodologia é a forma de ensinar.
Embora a metodologia do ensino é um campo de conhecimentos teóricos bastantes avançado, com diferentes abordagens e inúmeras publicações científicas, o professor, em sua sala de aula, tem autonomia para criar, modificar e adaptar sua própria maneira de ensinar, o que faz da metodologia do ensino um objeto de estudo amplo e, ao mesmo tempo, flexível, uma vez que inclui diferentes elementos que podem ser misturados em vários níveis, de acordo com que o professor deseja.
A metodologia é um conjunto de procedimentos relacionados com a seleção de cada um desses elementos, constituindo certa maneira de ensinar. Assim, um professor pode optar por trabalhar com um método que esteja vinculado a algumas estratégias e técnicas. Por trás de todas essas ações está a base epistomológica da metodologia, ou seja, a maneira como é concebida a integração e a aplicação desses elementos. De acordo com o posicionamento teórico do professor sobre o conhecimento, são aplicadas metodologias diferentes.
A história da metodologia de ensino está relaciionada com a história da educação e intimamente ligado à história da didática e das teorias da aprendizagem.
No momento sociohistórico em que o condutismo de Watson e Skinner era a base na aprendizagem por estimulo-rresposta, a partir de 1913, a metodologia de ensino buscou responder a esse tipo de necessiddade educacional. Aplicar métodos, estratégias, técnicas e atividades que, utilizados em conjunto como estimulo, conseguissem uma resposta linear, como se considerava correto naqueles dias, mesmo na universidade.
Com o avanço das teorias da aprendizagem e da didática, as metodologias também tem evoluido para atender às demandas dos cognitiviistas, com metoodologias cada vez mais flexíveis a serem aplicadas aos diferentes momentos de aprendizagem dos alunos. Finaalmente, no século XXI, na aprendizagem em rede em um contexto conectivista, as metodologias são mais ativas e centradas em um sujeito que é autônomo e pode aprender e, além disso, escolher como aprender.
O conectivismo, que surgiu no século XXI, apresenta uma série de possibilidades educacionais que até então não pareciam possíveis. O reconhecomento da mudança do papel do professor, do aluno e da rapidez com que novas informações são apresentadas proporcionou uma nova visão do que é ensinar. Quando pensamos em educação transformadora, estamos fazendo referência a escolhas metodológicas que levam em conta a complexidade de nosso tempo.
Para isso, é necessário que os alunos sejam capazes de problemetizar, ressignificar, questionar e responder às exigências reais de seu processo de desenvolvimento cognitivo. Todas essas ações,, caso tenham sido percebidas, exigem a participação ativa dos estudantes. Não é possível aprender a problemetizar apenas com uma aula expositiva. Não será possível ressignificar a aprendizagem quando o que está sendo avaliado é especialmente a memorização.
Portanto, a mudança dos objetivos de aprendizagem para o século XXI traz a necessidade de uma verdadeira transformação das metodologias. Por essa razão, metodologias ativas, como o nome sugere, são aquelas que exigem participação, interação constante dos alunos e processos mais complexos de autonomia e autogestão de sua aprendizagem. O docente torna-se um facilitador e até mesmo um guia, não mais o detentor do conhecimento responsável pela solução dos problemas.
De acordo com Labrador Piquer e Andreu (2008), metodologia ativas são as estratégias e técnicas que um professor utiliza para promover a participação ativas dos estudantes, ao mesmo tempo em que promove a aprendizagem significativa e a cooperação.
No caso da educação universitária, o construtivismo e o conectivismo chegam como uma nova maneira de conceber a formação científica e profissional, já que os estudantes são agora vistos como sujeitos ativos que, em breve, assumirão seu papel no mercado de trabalhho. Por essa razão, o trabalho em rede e a construção de cohecimentos significativos são passos essenciais para uma futura profissão.
Assim, os pilares da evolução metodológica que buscam atender às demandas reais são:
A partir desse novo modelo, as metodologia são apenas uma maneira de se chegar à aprendizagem. É o ponto de partida de um processo pessoal, vivido pelo estudante de diferentes maneiras, já que reflexão, autonomia e aprendizagem experiencial são fatores determinantes nesse modelo ativo. Portanto é necessário considerar o papel docente e outros aspectos pedagógicos, a fim de tornar possível a aplicação dessas metodologias em sala de aula.
Se faz necessário considerar que não há fórmula para aplicação das metodologias, pois sua escolha deve ser condicionada pelo número de alunos, pelo conteúdo trabalhado e pelos recursos disponíveis.