Doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
Doença Meningocócica (CID 10 - A39)
A Doença Meningocócica (DM) é uma entidade clínica que apresenta diversas formas e prognósticos. Há relatos de que a DM pode se apresentar sob a forma de doença benigna, caracterizada por febre e bacteremia, simulando uma infecção respiratória, quase sempre diagnosticada por hemocultura. Porém, em geral, o quadro é grave, a exemplo de septicemia (meningococcemia), caracterizada por mal estar súbito, febre alta, calafrios, prostração, acompanhada de manifestações hemorrágicas na pele (petéquias e equimoses), e, ainda, sob a forma de meningite, com ou sem meningococcemia, de início súbito, com febre, cefaléia intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca, além de outros sinais de irritação meníngea (Kernig e Brudzinski). O paciente pode apresentar-se consciente, sonolento, torporoso ou em coma. Os reflexos superficiais e osteotendinosos estão presentes e normais. Outra apresentação é a meningoencefalite, na qual ocorre depressão sensorial profunda, sinais de irritação meníngea e comprometimento dos reflexos superficiais e osteotendinosos. Delírio e coma podem surgir no início da doença, ocorrendo, às vezes, casos fulminantes, com sinais de choque. Lactentes raramente apresentam sinais de irritação meníngea, o que leva à necessidade de se observar febre, irritabilidade ou agitação, grito meníngeo e recusa alimentar, acompanhados ou não de vômitos, convulsões e abaulamento da fontanela.
Fonte: Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de Bolso. 8ª edição. Pág. 158. Ministério da Saúde: Brasília/DF, 2010.
Meningite por Haemophilus influenzae (CID 10 - G00.0)
Infecção bacteriana aguda das meninges, comum na primeira infância. Geralmente de início súbito, com febre, cefaléia intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca, aos quais se associam os sinais de Kernig e Brudzinski. Lactentes raramente apresentam sinais de irritação meníngea ou de hipertensão intracraniana, como rigidez de nuca, convulsões e opistótono. Os sinais clínicos iniciais são inespecíficos, comuns a outras doenças desse período, a exemplo de instabilidade térmica (hipotermia ou hipertermia), desconforto respiratório, irritabilidade, letargia, recusa alimentar, vômitos, icterícia. Pode-se observar, ainda, a presença de outros sinais e sintomas, como: agitação, grito meníngeo (a criança grita quando manipulada, principalmente quando as pernas são flexionadas para troca de fraldas) e recusa alimentar.
Fonte: Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de Bolso. 8ª edição. Pág. 313. Ministério da Saúde: Brasília/DF, 2010.
Meningite Tuberculosa (CID 10 - A17.0)
É uma das complicações mais graves da Tuberculose. O seu quadro clínico é, comumente, de início insidioso - embora alguns casos possam ter um início abrupto, marcado pelo surgimento de convulsões. Diferentemente das demais meningites, a Meningite Tuberculosa pode apresentar uma evolução mais lenta, de semanas ou meses, tornando difícil o diagnóstico de suspeição. Na Meningite Tuberculosa não tratada, classicamente o curso da doença é dividido em três estágios:
Estágio I - Em geral, tem duração de 1 a 2 semanas, caracterizando-se pela inespecificidade dos sintomas, podendo ocorrer febre, mialgias, sonolência, apatia, irritabilidade, cefaléia, anorexia, vômitos, dor abdominal e mudanças súbitas do humor, sintomas comuns a qualquer processo inespecífico. Nessa fase, o paciente pode encontrar-se lúcido e o diagnóstico geralmente é estabelecido pelos achados liquóricos.
Estágio II - Caracteriza-se pela persistência dos sintomas sistêmicos e pelo surgimento de evidências de dano cerebral (sinal de lesão dos nervos cranianos, exteriorizando-se por paresias, plegias, estrabismo, ptose palpebral, irritação meníngea e hipertensão endocraniana). Nessa fase, alguns pacientes apresentam manifestações de encefalite, com tremores periféricos, distúrbios da fala, trejeitos e movimentos atetóides.
Estágio III ou Período Terminal - Ocorre quando surge o déficit neurológico focal, opistótono, rigidez de nuca, alterações do ritmo cardíaco e da respiração e graus variados de perturbação da consciência, incluindo o coma. Em qualquer estágio clínico da doença, pode-se observar convulsões focais ou generalizadas.
Na maioria dos casos de Meningite Tuberculosa observam-se alterações radiológicas pulmonares. O teste tuberculínico pode ou não ser reator. Esse teste somente tem valor nos pacientes não vacinados com BCG e poderá apresentar resultados negativos nos indivíduos anérgicos, pacientes em fase terminal, pacientes com Tuberculose disseminada, na desnutrição grave e nos pacientes com Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
Fonte: Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de Bolso. 8ª edição. Pág. 316. Ministério da Saúde: Brasília/DF, 2010.
Meningites Virais (CID 10 - A87)
As Meningites Virais são também chamadas assépticas ou serosas. O Sistema Nervoso Central pode ser infectado por um variado conjunto de vírus; mas, independente do agente viral, o quadro clínico caracteriza-se por aparição súbita de cefaléia, fotofobia, rigidez de nuca, náuseas, vômitos e febre. Ao exame físico, destaca-se o bom estado geral do paciente e a presença de sinais de irritação meníngea (Kernig e Brudzinski). Em geral, a evolução é rápida e benigna sem complicações, exceto nos casos de indivíduos com imunodeficiências. Quando a etiologia refere-se a enterovírus, o quadro pode ser acompanhado ou antecedido de manifestações gastrointestinais, respiratórias e, ainda, mialgias e erupção cutânea.
Fonte: Doenças Infecciosas e Parasitárias: Guia de Bolso. 8ª edição. Pág. 321. Ministério da Saúde: Brasília/DF, 2010.
QUESTÕES SISTEMA SIGA
1. A Doença Meningocócica (DM) é uma entidade clínica que apresenta diversas formas e prognósticos. Em relação ao diagnóstico laboratorial, é incorreto afirmar:
a) É feito por meio do isolamento da N. meningitidis do sangue ou líquor. b) O LCR pode se apresentar turvo, com cor leitosa ou xantocrômica. c) A bioquímica evidencia glicose e cloretos diminuídos (concentração de glicose inferior a 50% da glicemia, coletada simultaneamente ao líquor), proteínas elevadas (acima de 100mg/dl) e aumento do número de leucócitos, predominando polimorfonucleares neutrófilos. d) A contra-imunoeletroforese (CIE) é reagente, a bacterioscopia evidencia a presença de cocos gram-positivos isolados e agrupados em cachos, e a cultura evidencia o crescimento de N. meningitidis. e) Nas meningococcemias, o leucograma apresenta-se com milhares de leucócitos, havendo predominância de neutrófilos (?desvio à esquerda?). |
2. A Doença Meningocócica (DM) é uma entidade clínica que apresenta diversas formas e prognósticos. Há relatos de que a DM pode se apresentar sob a forma de doença benigna, caracterizada por febre e bacteremia, simulando uma infecção respiratória, quase sempre diagnosticada por:
a) Hemocultura. b) Coprocultura. c) Urocultura. d) Cultura de líquo. e) Cultura do liquido pleural. |
3. A Doença Meningocócica (DM) é uma entidade clínica que apresenta diversas formas e prognósticos. Neste contexto, considere as seguintes afirmativas:
I - A Doença Meningocócica (DM) pode se apresentar sob a forma de doença benigna, caracterizada por febre e bacteremia, simulando uma infecção respiratória, quase sempre diagnosticada por hemocultura. II - O quadro é grave, a exemplo de septicemia (meningococcemia), caracterizada por malestar súbito, febre alta, calafrios, prostração, acompanhada de manifestações hemorrágicas na pele (petéquias e equimoses). III - Sob a forma de meningite, com ou sem meningococcemia, de início súbito, com febre, cefaleia intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca, além de outros sinais de irritação meníngea. Conclui-se que: |
a) Apenas a afirmativa I é verdadeira. b) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. c) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. d) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras. |
4. A Doença Meningocócica (DM) é uma entidade clínica que apresenta diversas formas e prognósticos. Qual o período de incubação?
a) De 2 a 10 dias; em média, de 3 a 4 dias. b) De 2 a 10 horas; em média, de 3 a 4 horas. c) De 2 a 10 meses; em média, de 3 a 4 meses. d) De 1 a 5 dias; em média, de 3 dias. e) De 20 a 30 dias; em média, de 25 dias. |
5. A Doença Meningocócica é uma entidade clínica que apresenta diversas formas e prognósticos.Com relação a esta doença, analise as afrmativas abaixo.
I. Pode apresentar-se sob a forma de uma doença benigna, caracterizada por febre e bacteremia. |
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. |
6. A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana causada por Neisseria meningitidis. Sobre este microrganismo, assinale a característica incorreta.
a) são microrganismos gram negativos que algumas amostras apresentam redução de nitritos. b) são diplococos gram negativos que apresentam formação de ácido na presença de glicose ou maltose. c) podem crescer em temperaturas próximas a 30 ºC e são facilmente mortas por calor na faixa de 55 a 60 ºC. d) são aeróbios facultativos e podem se desenvolver na presença de sacarose como fonte de carbono. e) não sobrevivem muito tempo fora do hospedeiro e morrem rapidamente no laboratório. |
7. A meningite por Haemophyllus influenzae é Infecção bacteriana aguda das meninges, comum na primeira infância. Início, geralmente, súbito, com febre, cefaleia intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca, aos quais se associam:
a) os sinais de Kernig e Brudzinski. b) as manchas de Koplick. c) os corpúsculos de Negri d) Os anéis de Kayser-Fleischer e) os sinais de Filatov |
8. Analise o texto abaixo e assinale a bactéria associada ao caso.
Trata-se de uma bactéria gram-negativa, cujas cepas mais relevantes clinicamente são classificadas em ‘tipo b’ e ‘cepas não-tipáveis’. As cepas do tipo b têm como manifestação mais grave a meningite, podendo causar também epiglotite, celulite e pneumonia em lactentes. As cepas não-tipáveis são uma importante causa de pneumonia bacteriana em adultos e otite média na infância, e podem causar também sinusite, sepse puerperal e bacteriemia neonatal. |
a) Haemophilus influenzae. b) Neisseria meningitidis. c) Streptococcus pneumoniae. d) Moraxella catarrhalis. e) Klebsiella pneumoniae. |
9. A primeira dose da Vacina Meningocócica C , segundo o calendário de vacinação de 2014, é dada:
a) Ao nascer; b) Ao 2º mês de vida; c) Ao 3º mês de vida; d) Ao 4º mês de vida; e) Ao 6º mês de vida; |
10. A quimioprofilaxia com rifampicina deve ser adotada na prevenção de casos secundários em meningites causadas por:
a) Neisseria meningitides e Haemophilus influenzae; b) Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae; c) Neisseria meningitides e Pseudomonas; d) Haemophilus influenzae e Staphilococcus; e) Neisseria meningitides e enterobactérias. |
11. Assinale a opção correta a respeito da meningite.
a) Meningite é uma síndrome caracterizada por febre, cefaleia intensa, vômito e sinal de irritação meníngea, sem alteração do líquido cefalorraquidiano constatável em amostra obtida por punção lombar. b) As meningites têm distribuição apenas em países subdesenvolvidos ou emergentes e sua expressão epidemiológica depende de fatores como agente infeccioso, existência de aglomerados populacionais e características socioeconômicas dos grupos populacionais e do meio ambiente. c) O paciente acometido por meningite deve permanecer em isolamento durante sete dias, mesmo tendo iniciado o tratamento com o antibiótico adequado. d) Não há contraindicação de contato íntimo do portador de meningite com moradores do mesmo domicílio, indivíduos que compartilhem o mesmo dormitório ou que, de alguma forma, mantenham contato com creches. e) Essa doença pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, entre outros, e agentes não infecciosos, como traumatismos. |
12. Assinale as caracteríticas microbiologicas do Haemophilus Influenzae, um dos agentes etiológico da meningite bacteriana
a) Um bacilo gram-negativo, imóvel, capsulado, pleomórfico. b) Um bacilo gram-positivo, imóvel, capsulado, pleomórfico c) Um cocos gram-negativo, imóvel, capsulado, pleomórfico d) Um cocos gram-positivo, imóvel, capsulado, pleomórfico e) Um bacilo gram-negativo, imóvel, esporulado, pleomórfico |
13. Com base no quadro clínico abaixo, o tipo de Paralisia Cerebral em relação à área de lesão, topografia e gravidade é:
Larissa, 10 meses de idade, apresentou meningite bacteriana aos 6 meses, e evolui com hipertonia flexora em membros superiores e extensora em membros inferiores, sendo a hipertonia dos membros inferiores maior do que a dos membros superiores. Esta criança não rola e não apresenta as reações de proteção. |
a) atetoide, tetraparética e grave. b) espástica, diparética e grave. c) atáxica, tetraprética e moderada. d) espástica, tetraparética e grave. e) atáxica, diparética e grave. |
14. Em relação a Doença Meningocócica (DM), é incorreto afirmar:
a) O paciente pode apresentar-se consciente, sonolento, torporoso ou em coma. b) Os reflexos superficiais e osteotendinosos estão presentes e normais. c) Ocorre Meningoencefalite, na qual ocorre depressão sensorial profunda, sinais de irritação meníngea e comprometimento dos reflexos superficiais e osteotendinosos. d) Delírio e coma podem surgir no início da doença, ocorrendo, às vezes, casos fulminantes, com sinais de choque. e) Lactentes frequentemente apresentam sinais de irritação meníngea, onde de se observar febre, irritabilidade ou agitação, grito meníngeo e recusa alimentar, acompanhados ou não de vômitos, convulsões e abaulamento da fontanela. |
15. Em relação a meningite por Haemophylus influenzae, considere as seguintes afirmativas:
I - Lactentes, frequentemente, apresentam sinais de irritação meníngea ou de hipertensão intracraniana, como rigidez de nuca, convulsões e opistótono. II - Os sinais clínicos iniciais são inespecíficos, comuns a outras doenças desse período, a exemplo de instabilidade térmica (hipotermia ou hipertermia), desconforto respiratório, irritabilidade, letargia, recusa alimentar, vômitos, icterícia. III - Pode-se observar, ainda, a presenca de outros sinais e sintomas como: agitação, grito meníngeo (a criança grita, quando manipulada, principalmente quando as pernas são flexionadas para troca de fraldas) e recusa alimentar. Conclui-se que: |
a) Apenas a afirmativa III está correta. b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. e) As afirmativas I, II e III estão corretas. |
16. Em relação ao diagnóstico laboratorial da meningite por Haemophylus influenzae, considere as seguintes afirmativas:
I - Ao exame macroscópico, o líquido cefalorraquidiano apresenta-se turvo, com cor branco-leitosa ou xantocrômica. II - O exame bioquímico evidencia glicose e cloretos diminuídos, proteínas elevadas e celularidade muito aumentada devido à presença de neutrófilos polimorfonucleares. III - O Gram pode evidenciar a presença de diplococcos gram-negativos intra e extra celular. É importante a realização da cultura do líquor e do sangue para diagnóstico do agente infeccioso. Conclui-se que: |
a) Apenas a afirmaiva III está correta. b) Apenas as afirmaivas I e III estão corretas. c) Apenas as afirmaivas I e II estão corretas. d) Apenas as afirmaivas II e III estão corretas. e) As afirmaivas I, II e III estão corretas. |
17. Em relação ao tratamento da meningite por Haemophylus influenzae, considere as seguintes afirmativas:
I - Cloranfenicol, na dose de 75 a 100mg/kg/dia, EV, até o máximo de 6g/dia, fracionada em 4 doses diárias (6/6 horas), ou Ceftriaxona, na dose de 100mg/kg/dia, EV, até o máximo de 4g/dia, dividida em 2 doses (de 12/12 horas), por 7 a 10 dias. II - Penicilina Cristalina, 300.000 a 500.000UI/kg/dia, com dose máxima de 24.000.000UI/dia, IV, fracionada em 3/3 ou 4/4 horas, durante 7 a 10 dias. Em casos de alergia, usar Cloranfenicol, na dose de 50 a 100mg/kg/dia, IV, fracionada em 6/6 horas. III - Ampicilina, 200 a 400mg/kg/dia, até no máximo de 15g/dia, IV, fracionada em 4/4 ou 6/6 horas, durante 7 a 10 dias. Em casos de alergia, usar Cloranfenicol, na dose de 50 a 100mg/kg/dia, IV, fracionada em 6/6 horas. Conclui-se que, o esquema terapêutico adequado é: |
a) Apenas a afirmativa I está correta. b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. e) As afirmativas I, II e III estão corretas. |
18. Em relação ao tratamento da meningite por Neisseria meningitide, considere as seguintes afirmativas:
I - Cloranfenicol, na dose de 75 a 100mg/kg/dia, EV, até o máximo de 6g/dia, fracionada em 4 doses diárias (6/6 horas), ou Ceftriaxona, na dose de 100mg/kg/dia, EV, até o máximo de 4g/dia, dividida em 2 doses (de 12/12 horas), por 7 a 10 dias. II - Penicilina Cristalina, 300.000 a 500.000UI/kg/dia, com dose máxima de 24.000.000UI/dia, IV, fracionada em 3/3 ou 4/4 horas, durante 7 a 10 dias. Em casos de alergia, usar Cloranfenicol, na dose de 50 a 100mg/kg/dia, IV, fracionada em 6/6 horas. III - Ampicilina, 200 a 400mg/kg/dia, até no máximo de 15g/dia, IV, fracionada em 4/4 ou 6/6 horas, durante 7 a 10 dias. Em casos de alergia, usar Cloranfenicol, na dose de 50 a 100mg/kg/dia, IV, fracionada em 6/6 horas. Conclui-se que, o esquema terapêutico adequado é: |
a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. d) Apenas a afirmativa I está correta. e) Todas as afirmativas estão corretas. |
19. Em relação à susceptibilidade e imunidade à meningite, pode-se afirmar que:
a) o grupo de menores de 5 anos são os mais vulneráveis. b) os neonatos apresentam riscos significativos de adquirirem meningite. c) o grupo entre 5 a 12 anos são os mais susceptíveis a meningite meningocócica. d) a susceptibilidade é geral, mas os grupos que apresentam maiores riscos são as crianças e os adolescentes. e) idosos e indivíduos portadores de doenças crônicas ou imunossupressoras apresentam risco elevado de adoecimento pela meningite tuberculosa. |
20. Em um ambiente hospitalar, deve ser utilizada a precaução para transmissão de gotículas nos casos de:
a) Hanseníase na forma Tuberculóide. b) Tuberculose Pulmonar. c) Meningites bacterianas. d) Hanseníase na forma Virchowiana. e) Todas estão corretas. |
21. Julgue a seguinte sentença, como Verdadeira ou Falsa:
( ) Recomenda-se aos profissionais de saúde, especialmente aqueles que exerçam atividades em áreas críticas , sejam vacinados contra meningite, sarampo e rubéola. ( ) As manifestações clínicas apresentadas pelo paciente sugerem como principal hipótese diagnóstica a doença leptomeníngea (meningite carcinomatosa). ( ) A vacina contra hemófilo - Haemophilus influenzae tipo b (Hib) - é eficaz na proteção de doenças invasivas causadas pelo Hib, como meningites e pneumonias, e pode ser administrada em crianças com menos de um ano de idade, em duas doses de 0,5 mL, com intervalo de 30 dias entre as doses. |
a) V, V e F. b) F, V e F. c) V, V e V. d) F, F e F. e) F, V e V. |
22. Julgue as sentenças abaixo, como Verdadeira ou Falsa:
( ) Considera-se alargamento de conduto auditivo interno (CAI) quando o diâmetro entre os espaços perilinfático e subaracnoideo for superior a 2 mm, o que poderá favorecer o aparecimento de meningites recidivantes, gusher e fístulas perilinfáticas. ( ) O diagnóstico etiológico da meningite confirma-se pela presença da bactéria, um diplococo gram-negativo, no sangue, ou no liquor, ou, ainda, na cultura da raspagem de lesões cutâneas do paciente, caso ele as desenvolva. ( ) De acordo com a literatura internacional, recomenda-se o uso de dexametasona intravenosa nos casos de meningite meningocócica confirmada, com o objetivo de se reduzir a mortalidade e se prevenirem sequelas auditivas e outros déficits neurológicos. |
a) F, V e F. b) F, V e V. c) V, V e F. d) F, F e V. e) V, V e V. |
23. Julgue as sentenças abaixo, como Verdadeira ou Falsa:
( ) Caso o diagnóstico de meningite meningocócica se confirme e o médico trate com êxito o paciente, mediante a aplicação de penicilina cristalina intravenosa, o paciente deverá receber quimioprofilaxia, antes da alta médica, para que não transmita o agente bacteriológico. ( ) Caso seja confirmada a meningite meningocócica, todos os residentes no domicílio do paciente deverão receber tratamento quimioprofilático com a droga de escolha – a rifampicina –, o que, entretanto, não garante proteção absoluta contra a referida doença. ( ) Caso seja confirmada a meningite meningocócica, é necessário o isolamento do paciente por aerossóis, em razão de a transmissão dessa doença ocorrer por secreções da nasofaringe. ( ) Um paciente que apresenta quadro febril agudo, vômitos, dor de cabeça e tem liquor com pleocitose às custas de polimorfonucleares e hipoglicoraquia é provavelmente portador de meningite bacteriana. ( ) A herpes simples pode causar meningite, mas não encefalite e mielite. |
a) V, V, V, V e V. b) V, V, F, V e F. c) F, V, F, V e V. d) V, F, V, V e F. e) V, V, V, F e V. |
24. Meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges,
a) de origem bacteriana, viral, fúngica ou ocasionado por trauma. b) considerado problema de saúde pública, em fase de erradicação por vacinação em massa. c) de etiologia idiopática e caráter hereditário. d) de transmissão direta por meio de fômites ou contato direto por secreções respiratórias. e) transmissível somente até sete dias após o início da antibioticoterapia. |
25. Na assistência ao cliente portador de meningite bacteriana detectada há 4 horas, recomenda-se:
a) o uso da máscara com PFF2 (N95) pelo profissional da saúde e máscara comum para o cliente durante o transporte. b) a utilização de avental esterilizado na manipulação de secreções e de materiais orgânicos, pois esse agravo necessita de precauções por contato. c) a higienização das mãos antes e após contato com o cliente e a utilização de máscara cirúrgica. d) a utilização de máscara PFF2 (N95) nos procedimentos, devido ao risco de transmissão por aerodispersoides. e) a utilização de luvas de procedimento durante o cuidado ao cliente e manejo dos equipamentos, pois esse agravo necessita de precauções hemáticas. |
26. Na assistência ao cliente portador de meningite bacteriana detectada há 4 horas, recomenda-se:
a) o uso da máscara com PFF2 (N95) pelo profissional da saúde e máscara comum para o cliente durante o transporte. b) a utilização de avental esterilizado na manipulação de secreções e de materiais orgânicos, pois esse agravo necessita de precauções por contato. c) a higienização das mãos antes e após contato com o cliente e a utilização de máscara cirúrgica. d) a utilização de máscara PFF2 (N95) nos procedimentos, devido ao risco de transmissão por aerodispersoides. e) a utilização de luvas de procedimento durante o cuidado ao cliente e manejo dos equipamentos, pois esse agravo necessita de precauções hemática. |
27. Neisseria meningitidis (meningococo), bactéria em forma de diplococos gram-negativos. É classificada em sorogrupos de acordo com o antígeno polissacarídeo da cápsula, sorotipos e subtipos. Os sorogrupos mais importantes na doença meningocócica são:
a) A, B, C, W135 e Y. b) 0111, 057, 014 e 052. c) D, C, E e F. d) A45, B66, C22 e D11. e) Todas estão corretas. |
28. No período neonatal sao sinais clínicos mais comuns em caso de meningite, exceto:
a) Fontanela abaulada. b) Rigidez de nuca. c) Sucção debil. d) Febre. e) Irritabilidade. |
29. O agente etiológico mais frequentemente envolvido nas meningites bacterianas agudas, após a quarta década, é:
a) Streptococcus pneumoniae; b) Neisseria meningitidis; c) Staphylococcus epidermidis; d) Haemophilus influenzae; e) Listeria monocytogenes. |
30. Pode ser considerada uma causa de hipoglicorraquia:
a) o diabetes descompensado. b) a meningite viral. c) a meningite bacteriana. d) o jejum. e) todas. |
31. Prematuridade, uso de antibiótico de amplo espectro, diabetes e neutropenia são fatores associados à infecção fungica das meníngeas por:
a) Candida sp. b) Criptococcus neoformans. c) Zigomicose. d) Neurotoxoplasmose. e) Blastomicose. |
32. Sabendo-se que nas meningites bacterianas dos 2 aos 50 anos, os agentes mais comuns são Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae recomenda-se tratamento precoce empírico com vancomicina associada à cefalosporina de 3ª geração. Após os 50 anos são frequentes também Listeria monocytogenes e bacilos gram-negativos aeróbios. Nesses casos, recomenda-se acrescentar :
a) ampicilina. b) levofloxacina. c) claritromicina. d) gentamicina. e) doxicilina. |
33. Sabe-se que, por definição, meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges. Marque a alternativa que apresenta os agentes etiológicos causadores de meningite bacteriana?
a) Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae. b) Salmonella typhi, Toxoplasma gondii, Varicela Zoster. c) Cryptococcus neoformans, MycobacteriumTuberculosis, Treponema pallidum. d) Listeria monocytogenes, Candida albicans, Epstein Barr. e) Listeria monocytogenes, Proteus sp, Varicela Zoster. |
34. Sabe–se que, por definição, meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges. Marque a alternativa que apresenta os agentes etiológicos causadores de meningite bacteriana?
a) Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae. b) Salmonella typhi, Toxoplasma gondii, Varicela ?oster. c) Cryptococcusneoformans, MycobacteriumTuberculosis, Treponema pallidum. d) Listeria monocytogenes, Candida albicans, Epstein Barr. e) Listeria monocytogenes, Proteus sp, Varicela Zoster. |
35. São complicações da meningite por Haemophylus infuenzae, exceto:
a) perda da audição e distúrbio de linguagem. b) distúrbio de linguagem e retardo mental. c) retardo mental e anormalidade motora. d) anormalidade motora e distúrbios visuais. e) opistotonos e paralisia dos membros inferiores. |
36. São opções de terapia indicadas na profilaxia da meningite meningocócica, EXCETO:
a) ciprofloxacina 500 mg VO, dose única. b) azitromicina 500 mg, dose única. c) levofloxacina 750 mg VO, dose única. d) rifampicina 600 mg VO, 2 vezes ao dia, por 2 dias. e) ceftriaxona 250 mg IM, dose única. |
37. Sobre as meningites fúngicas, é correto afirmar:
a) A infecção fúngica mais comum do sistema nervoso central é a zigomicose. b) A hipertensão intracraniana na neurocriptococose é achado incomum e deve apontar para diferente etiologia associada, por exemplo, neurotoxoplasmose associada. c) A cultura do LCR é negativa na maioria dos casos de neurocriptococose, sendo necessárias coletas seriadas para aumentar a sensibilidade diagnóstica. d) Prematuridade, uso de antibiótico de amplo espectro, diabetes e neutropenia são fatores associados à infecção por Candida. e) A cultura do LCR é positiva na maioria dos casos de infecção por Candida. |
38. Uma amostra de líquor (líquido cefalorraquidiano) de um paciente com meningite bacteriana, geralmente apresenta um aspecto que pode ser descrito como:
a) límpido. b) ligeiramente hemorrágico. c) claro e incolor. d) turvo acinzentado. e) gorduroso. |
39. Uma das doenças causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b (Hib) é a meningite. Uma medida de prevenção eficaz contra a infecção por essa bactéria é:
a) a aplicação de gamaglobulina nos períodos epidêmicos da doença. b) o extermínio dos roedores. c) a aplicação da vacina Hib. d) a quimioprofilaxia dos comunicantes. e) a eliminação dos focos contendo as larvas do anofelino. |
40. Um homem com 70 anos, previamente hígido, é diagnosticado com meningite bacteriana adquirida na comunidade. O tratamento empírico inicial recomendado é:
a) vancomicina + gentamicina. b) ampicilina + vancomicina + metronidazol. c) ceftriaxona + levofloxacina + linezolida. d) ampicilina + ceftriaxona + vancomicina. e) cefotaxima + vancomicina + metronidazol. |
41. Um homem de 65 anos, previamente hígido, é diagnosticado com meningite bacteriana adquirida na comunidade. É iniciado tratamento empírico com ampicilina, ceftriaxona e vancomicina. No segundo dia Listeria monocytogenes é identificada como o agente causal. A conduta mais adequada é:
a) manter a mesma medicação. b) suspender todos antibióticos e introduzir cefepima. c) manter apenas ampicilina e acrescentar gentamicina. d) manter apenas vancomicina. e) suspender todos antibióticos e introduzir cloranfenicol e um aminoglicosídeo. |