Atuação do psicólogo junto à família
Quando se presta atendimento a um paciente que está hospitalizado em estado gra- ve, esse paciente vem sempre acompanhado em seu pensamento de questões relaciona- das à doença e sua morte. Nesse momento, a família é o vínculo mais próximo e mais pro- pício de criar estratégias no sentido de melhorar e enfrentar tanto o sofrimento do paciente como o da própria família.
A família experimenta diferentes estágios de adaptação à realidade do paciente em estado grave, semelhantes aos estágios enfrentados por ele nesse processo de aceitação e superação.
Segundo Kübler-ross (1985) apud Pereira (2004), existem fases pelas quais esses pa- cientes podem passar durante o processo de morte: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. São estágios dinâmicos que acontece tanto com paciente como com a família por períodos variados de acordo com cada um. A negação aparece como um mecanismo de defesa, para proteger o ego do individuo. Quando esse paciente não consegue manter-se apenas negando sua realidade, surgem os sentimentos de raiva, ressentimento, revolta e inveja que podem caracterizar um segundo estágio de enfrentamento.