Prof.Dr.Luis Carlos Figueira de Carvalho

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ÁLCOOL e BARBITÚRICOS

ÁLCOOL e BARBITÚRICOS

Pesquisa realizada por: Giuliano Rocha Velozo

DISCIPLINA BIOQUIMICA METABÓLICA. CURSO DE MEDICINA. UEMA. CAXIAS-MA

 

O Etanol sob a forma de bebida alcoólica é a substância psicoativa mais consumida no mundo. Além do comprometimento de órgãos como o fígado, coração e pâncreas, o consumo excessivo e crônico de etanol ocasiona dano cerebral, levando a incapacidade física e intelectual. Ademais, as deficiências nutricionais, particularmente as vitamínicas, comuns em alcoólatras, são responsáveis por síndromes neuropsiquiátricas como a psicose de Korsakoff e a polineuropatia.

         Devido a seu baixo peso molecular (46) CH3CH2OH, o etanol atravessa facilmente os canais de água das membranas celulares. Consequentemente, distribui-se e se equilibra rapidamente em todo o líquido contido no organismo se difunde para todos os tecidos e compartimentos, incluindo o SNV, suor, urina e respiração. Sob o ponto de vista farmacológico, o etanol é um depressor do sistema nervoso central e sua ação se exerce de modo não seletivo.

 

BARBITÚRICOS

São calmantes e sedativos, provocam alterações na capacidade de raciocínio, concentração e coordenação motora. Quando ingeridos em excesso, afetam as funções do sistema cardiorrespiratório, podendo levar ao coma. Os barbitúricos são drogas perigosas, pois a dose que começa a intoxicar as pessoas está próxima da que produz efeitos terapêuticos desejáveis.

Quando consumidos em doses fracas podem provocar sensações de tranquilidade, relaxamento, conciliar o sono, diminuir levemente a tensão arterial e a frequência cardíaca, provocar falta de coordenação motora, produzir perturbação da consciência e, ocasionalmente, euforia.

As quantidades mais elevadas já podem diminuir os reflexos, diminuir a memória e a atenção, modificar o humor, diminuir a afetividade, debilitar e acelerar o ritmo cardíaco (pulso), dilatar as pupilas e provocar lentidão na respiração. Nestes casos é possível atingir o estado de coma e a morte.

 

INTERAÇÃO ENTRE ÁLCOOL E BARBITURATOS

A intoxicação por álcool aumenta a sensibilidade aos efeitos depressores gerais dos barbituratos. Ambas as substâncias têm efeito depressor porque inibem o disparo neuronal, o qual está diretamente ligado ao canal de cloreto ativado por  γ-aminobutirato, que interage com as duas substâncias. As doses normalmente prescritas de barbituratos são letais quando aliadas ao etanol.

O álcool inibe o metabolismo dos barbituratos, aumentando assim o tempo que esta substância permanece ativa no corpo. Isso ocorre porque a hidroxilação de barbituratos pelo sistema citocromo P450 NADPH-dependente do retículo endoplasmático do fígado é evitada pelo etanol; assim, menos compostos hidrossolúveis dos barbituratos são formados para serem eliminados pelos rins e bile. Os níveis sanguíneos altos de barbituratos provocam uma maior depressão do SNC.

O consumo crônico de álcool altera a sensibilidade aos barbituratos e induz os citocromos P450 do retículo endoplasmático do fígado envolvidos nas reações de hidroxilação de drogas. Desta forma, o alcoólatra consegue metabolizar os barbituratos mais rapidamente. Um cenário clínico comum é o de que o alcoólatra tem problemas para dormir mesmo após o consumo de várias pílulas contendo barbituratos, porque seu corpo tem capacidade aumentada de metabolizar essa substância. Assim, ele consome cada vez mais pílulas, ingerindo em seguida etanol, o que pode acarretar um estado de coma, com depressão do sistema respiratório, podendo chegar à letalidade.

 

CONCLUSÃO

            A mistura de álcool e barbituratos, ambos depressores do SNC, é potencialmente perigosa, visto que o etanol provoca uma permanência de níveis altos de barbituratos no sangue durante um período prolongado, o que potencializa os efeitos desta substância no corpo, ou seja, eleva exponencialmente a depressão do sistema nervoso central, o que pode ocasionar coma ou letalidade.

 

REFERÊNCIAS

DEVLIN, Thomas. Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas. Ed. Edgar Blucher LTDA, 2007.

CARNEIRO, João Batista Tavares. Barbitúricos. Disponível em:

http://www.psicologia.pt/instrumentos/drogas/ver_ficha.php?cod=barbituricos  Acesso em 20 de nov de 2014

NICOLAU, Paulo Fernando. 9 interações de medicamentos com álcool. Disponível em <http://www.psiquiatriageral.com.br/tratamento/interacoes11.htm.> Acesso em 20 de nov de 2014.

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