Prof.Dr.Luis Carlos Figueira de Carvalho

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SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO

Pesquisa realizada por:  AFONSO MELO MACHADO DE OLIVEIRA JÚNIOR

DISCIPLINA BIOQUIMICA METABÓLICA. CURSO DE MEDICINA. UEMA. CAXIAS-MA

 

A  síndrome do desconforto respiratório(RDS) doença de membrana hialina é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade neonatal e muitos países.É responsável por cerca de 15-20% de todas as mortes de recém-nascidos em países ocidentais.

Essa enfermidade afeta apenas bebês prematuros, e o grau de prematuridade influencia diretamente nos valores de incidência, em virtude da imaturidade de seus pulmões, por deficiência do surfactante pulmonar, que   é uma mistura lipoproteica com propriedades tensoativas produzido pelos pneumócitos tipo II. As proteínas e lipídios desta mistura reduzem a tensão superficial na interface entre o líquido presente na cavidade alveolar e o ar.

A maturidade do pulmão fetal  pode ser avaliada pela razão lecitina/esfingomielina  no líquido amniótico, que é o   fluido que envolve o embrião. A razão 2 é a razão característica do nascimento termo, e é alcançado em idade gestacional de 34 semanas. Quando a razão L/S está entre 1,5-1,9 o risco do neonatal desenvolver a síndrome do desconforto respiratório é de 40% e quando essa razão é menor que 1,5 o risco de desenvolver a síndrome  chega a 75%.

Essa enfermidade se manifesta logo após o nascimento e piora progressivamente,com pico em 36 a 48 horas. Seus principais sintomas são a taquipenia crescente, gemido expiratório,batimento da asa e a retração da caixa torácica.

Alguns fatores pré-disponentes são:

1) Prematuridade:

É o maior fator de risco. Está relacionado a diminuição da síntese, armazenamento e liberação do surfactante.

O fator ativador das plaquetas (FAP) tem papel importante na maturação do pulmão fetal. Nos pneumócitos do tipo II existem receptores do FAP que acionados estimulam a síntese e liberação de grande quantidade de dipalmitoilfosfatidilcolina (DPPC), que é o principal componente biologicamente ativo do surfactante pulmonar. Porém, a concentração de FAP pode ser alterada pela presença da enzima FAP-acetil-hidrolase (FAP-AH) que a degrada. Parece que a concentração da FAP-AH está relacionada com a idade gestacional. Quanto menor a idade gestacional maior a concentração.

2) Sexo masculino: Os recém-nascidos do sexo feminino maturam a função pulmonar cerca de duas semanas antes, provavelmente pela ação de corticosteróides durante a diferenciação sexual.

3) Raça branca: A raça branca em relação a raça negra para a mesma idade gestacional, tem maior risco de desenvolver síndrome do desconforto respiratório. O recém-nascido da raça negra quando desenvolve geralmente é menos grave.

 4) Hipotermia: A lecitina produzida pelo feto a partir da 20ª semana de idade gestacional, contém em sua composição o ácido mirístico, que é extremamente lábil, sendo inibido por hipóxia, hipotermia e acidose.

A síntese de surfactante também é influenciada pelo pH, temperatura, perfusão; logo, também pode ser comprometida pela hipotermia, acidose, hipoxemia e hipovolemia.

 5) Doença Hipertensiva Específica da Gravidez: Na hipertensão ou pré-eclampsia induzida pela gestação a atividade da FAP-AH no plasma está aumentada. Com isso o processo de maturação do pulmão fetal sofre retardo.

6) Diabete mellitos: As gestantes com diabetes, classes A, B e C na classificação de Priscila White, tem os seus recém-nascidos com maturação pulmonar retardada.

 7) Cesária eletiva: É mais freqüente e mais severo em recém-nascidos de cesárea que de parto vaginal.

 

As formas de se prevenir a síndrome do desconforto respiratório é através da prevenção do parto prematuro; aceleração da maturidade pulmonar fetal; uso de corticóide antenatal utilizado em todas as gestantes com idade gestacional entre 26 e 34 semanas, em risco de parto prematuro; usar betametasona ou dexametasona,pelo menos 24 horas antes do parto.

Por isso faz-se necessário um acompanhamento pré-natal eficiente e investimentos em campanhas educativas para informar a população,principalmente as gestantes, sobre a necessidade do acompanhamento médico pra evitar essa e muitas doenças que possam vir a atingi-las e aos recém-nascidos, tendo em vista que a prevenção deve ser  um dos principais instrumentos para promover e proteger  a saúde da população. 

Referências:

DEVLIN, Thomas M. Bioquímica: Com relações clínicas. 7ed, São Paulo: Editora Edgard Blücher,2011.

 http://www.petdocs.ufc.br/index_artigo_id_324_desc_Neonatologia_pagina__subtopico_45_busca_, acessado às 23 horas do dia 19/11/2014

AGUIAR,Amanda CARACTERIZAÇÃO DOS RECÉM-NASCIDOS COM SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO SUBMETIDOS À FISIOTERAPIA,INTERNADOS NA UTI NEONATAL DO HNSC, NO PERIODO DE OUTUBRO À DEZEMBRO DE 2005. Tubarão, Santa Catarina,2006.

 

 

 

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