Metilxantina

1.INTRODUÇÃO
Metilxantinas são contentes químicos importantes de varias bebidas alimentícias ou estimulantes não alcoólicas como café chá-da-índia guaraná, cola e chocolate consumidas em todo o mundo, sejam como preparações caseiras ou produtos industrializados, com grande importância econômica e cultural. As mais abundantes são a cafeína e a teofilina a e a teofilina

 

Figura 1

2. HISTÓRICO
Bebidas contendo metilxantinas são destes tempos remotos, dotando provavelmente da era paleolítica o mais antiga delas parece ser o chá-índia, cuja primeira menção documentada de uso e atribuída ao emperador chinês shen nung, em 2737 .a.C. O primeiro relato escrito do uso do café do século X, Utilizado como bebida como bebida quente na Arábia, por volta de 1000 .d.C. porém esse vegetal é cultivado na etiópia desde de 575 d., onde foi inicialmente utilizado triturado com gordura, como alimento a e partir da fermentação dos frutos, como vinho. O cacau também tem uma longa história. Uma bebida doce. considerada presentes dos deuses e obtida a partir da fermentação denominada chocolate, foi oferecida pelo emperador asteca ontezuma aos conquistadores espanhóis em 1519 . esta bebida foi introduzida na Europa, onde popularizou-se e, em 1876, passou a ser produzida com leite, na suíça, de onde
originaram-se as mais variadas formas consumidas e apreciadas mundialmente.
Em 1895, E. FISCHER desenvolveu um método para a síntese da cafeína e da teofilina. Este método não se mostrou adequado para a síntese de outros derivados e , em 1900, W. Trauber introduziu um método mais versátil, que ainda é utilizado atualmente(Stefanovich, 1989).

 

3. BIOAGENESE
Os percussores biogenéticos das metilxantinas podem ser bases púricas livres, como hipoxantinas, adenina, guanina, e também nucleosídio. A adenina parece ser o percussor mais importante. a púrica contem o anel de seis membros de pirimidinas fundido com anel de cinco membros do imidazol e é bastante rara no reino vegetal, sendo mais comumente encontrados os derivados mutilados da 2,6dioxipurina, as metilxantinas. reino animal, os derivados da purina são de quebras de acido nucleicos ou via biossíntese. Em vegetais superiores, o metabolismo das purinas tem sido principalmente estudado no chá-da-índia e café. A cafeína é sintetizado a partir da xantosina, via 7-metilxantosina e o agrupamento doador de metilas é a S-adenosilmetionina(SAM). A metilxantina não serve como precursor direto para cafeína, sendo catabolizada pela rota convencional de degradação das purinas, via ácido úrico.

 

4. DISTRBUIÇÃO E PAPEL FISIOLÓGICO
As metilxantinas ocorrem em famílias não filogeneticamente relacionadas, com distribuição restrita principalmente a regiões tropicais e subtropicais. Mais raramente, ocorrem em zonas temperadas, como china e Japão. neros coffea(rubiaceae), cola e thebroma (esterculiaceae), paullinia (sapindaceae). contêm metilxantinas
As metilxantinas podem ter significado ecológico para as plantas que as
produzem, influenciando a reação entre organismos e favorecendo a adaptação do vegetal a ambientes desfavoráveis. Porém, estes papéis devem ser individualmente avaliados, pois podem deferir de vegetal para vegetal, ou mesmo em tecidos do mesmo vegetal. Por exemplo, nas flores e frutos secos, a cafeína parecer ser um produto final e inerte do metabolismo da planta. Nas sementes, ao contrario do que se poderia esperar, as purinas não possuem o papel nutritivo como reserva de nitrogênio, mais são alopáticas e autotóxicas.

5. PROPRIEDADES FÍSICO-QUIMICAS
As hidroxipurinas, como o ácido úrico, ocorrem em formas toltaméricas lactim a lactama, apresentando caráter anfótero. podendo, portanto, se comporta como ácido ou base fracas. Entre as metilxantinas também ocorre este equilíbrio, exceto para cafeína, que e trimetilada e, assim, não pode forma enóis e apresenta um caráter básico mais pronunciado, em relação ás dimetilxantinas.

Figura 2


As metilxantinas são solúveis em agua e soluções aquosas ácidas a quente e etanol a quente, solventes orgânicos clorados e soluções alcalinas. Para as soluções alcalinas e preferíveis a utilização de hidróxido de amônio, pois os hidróxidos alcalinos decompõem as metilxantinas com liberação de gás carbônica e amoníaco.
Cafeína, teofilina e teobromina podem ser diferenciadas em função de sua solubilidade, temperatura de sublimação e faixa de fusão dos respectivos sublimados.

6. MÉTODOS DE EXTRAÇÃO
As metilxantinas são extraídas por solventes clorados em meio amoniacal ou por solventes clorados diretamente de suas soluções aquosa ácidas, pois são bases muito fracas e seus sai dissociam-se muito facilmente em água. Para obtenção de maio grau de pureza, utiliza-se o método clássico para extração de alcaloides. também podem ser extraídas diretamente através de risco, visto a toxicidade do solvente empregado. As metilxantinas também podem ser caracterizas, separadas e qualificadas através de CLAE. Em amostras vegetais, pode-se empregar a qualificação a partir de extratos do clorofórmicos amoniacais secos e retomados na fase móvel. Usualmente emprega-se coluna RP 18, fase móvel composta de misturas de proporções. Para determinação da cafeína em bebidas estimulantes ou refrigerantes, podem ser empregar como fase móvel um gradiente de bissulfeto de sódio 0,02 M (pH 7,0) e metanol.

7. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS E EMPREGO TERAPÊUTICO
As metil xantinas apresentam um amplo aspecto de atividades farmacológicas, agindo sobre o sistema nervoso central, cardiovascular, renal e digestivo; sobre o metabolismo de carboidratos e lipídeos, estimulando a lipólise, entre outros. os efeitos são qualitativamente semelhantes, mas quantitativamente dirferentes diferentes e, em função da potencia, as diferentes metilxantinas são empregadas com diferentes finalidades terapêuticas. Entre esses efeitos podemos destacar:
-sobre o sistema nervoso central: são estimulantes, facilitam a atividade cortical, inibem o sono, diminuem a sensação de fadiga; estimulando centro respiratório e vasomotores bulbares.
-sobre o sistema cardiovascular: possuem ação inotrópica positiva; aumentam a frequência e os débitos cardíaco e coronariano. A teofilina possuem efeitos mais marcantes. A cafeína causa vasoconstrição do sistema vascular cerebral e vasodilatação
periférica.
-sobre a musculatura estriada: estimulam a contração, reduzindo a fadiga muscular; este efeito e mais pronunciado para cafeína;
-sobre a diurese: a teobromina ea teofilina aumetam o debito sanguíneo renal e a filtração glomerular.
A cafeína entra na composição de diversas especialidades analgesicas, antipiréticas e antigripais, associada com ácido acetilsalicílico, Paracetamol, Codeína e com diidroergotamina, no alivio ou abortamento de crises de enxaqueca. A sua eficácia em associação com o Paracetamol e ácido acetilsalicílico destinas ao alívios de dores de cabeça tem sido documentadas em vários lado.
a toxicidade e os efeitos advérbios da cafeína tem sido objeto de intensos estudos. A dose letal é estimada em 5 a 10 g para um adulto, mais casos de intoxicação fatal são raros, sendo relatados com concentração plasmáticas acima de 80ug/ ml. efeitos indesejáveis agudos ocorrem a partir de 1g, correspondendo a concentração plasmáticas de 30ug/ml. Entre eles, podem-se citar: dores de cabeça, nervosismo, cansaço, excitação, taquicardias, diurese, face vermelha, alterações cognitivas e contração muscular.
A cafeína pode produzir síndrome retardada, quando seu uso prolongado e interrompido brutalmente. Os sintomas iniciam 12 a 24 horas após a retirada, atingindo a máximo entre 20 e 48 horas e durando aproximadamente uma semana. São eles: dor de cabeça, fadiga, empatia, tontura e insônia, tensão muscula e nervosismo.
A teofilina e o bronco dilatador utilizado para o tratamento da asma e algumas formas espastica de bronquiopneumopatias obstrutiva, como enfisema e bronquite crônica. Os principais efeitos colaterais são, problemas de sono, excitação, taquicardia, dores abdominais, náuseas, convulsões. É contraindicado para pacientes com úlcera péptica, distúrbios, convulsivos e arritmias cardíacas.

8. DROGAS VEGETAIS CLÁSSICAS

COLA
Nome cientifico: cola acuminada
Família botânica: sterculaceae
Parte utilizada: sementes
Monografia farmacopeias: Ph.Bras. I,F.II

CACAU
Nome cientifico: theobroma cacao´
Família botânica: sterculaceae
Parte utilizada: Sementes
Monografia farmacopeias: Ph.Bras. I,F.II

GUARANÁ
Nome cientifico: Paullinia
Família botânica: Sapndeceae
Parte utilizada: Sementes
Monografia farmacopeias: Ph.Bras. I,F.II e III

ERVA-MATE
Nome cientifico: llex paraguariensis
Família botânica: Aquifoliaceae
Parte utilizada: Folhas
Monografia farmacopeias: Ph.Bras. I

CAFÉ
Nome cientifico: coffea arabica
Família botânica: Rubiaceae
Parte utilizada: Sementes

9. REFERÊNCIAS
ANDRADE,L.estudo da metodologia de analise da droga vegetal guaraná. porto alegre: curso de pós graduação em ciências farmacêuticas, UFRGS, 1996.
ASHIRA,H. Purne metabolsm and the biosytesis of caffeine in mater leavrs phyto chimestre
ATHAYDE, M.L.M. metilxantinas e saponinas em quanto populações de Iilex paraguariensis st.hil.;triperteno e saponinas em outras espécies do gênero Llex. Porto alegre: programa de pós-graduação em ciencias farmaceuticas, UFRGS, 2000. Tese de doutorado.232 p.
COSTA,A. Farmacognosia et .3 ed. Lisboa: calouster-gulbemkian, 1967 a. V.2
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FARMACOPÉIA brasileira. 2. Ed. São paulo: siquera, 1959
FARMACOPÉIA brasileira. 2. Ed. São paulo: andreia, 1977