Capital Intelectual

CAPITAL INTELECTUAL NAS ORGANIZAÇÕES NA ERA DO CONHECIMENTO

http://www.univen.edu.br/revista/n009/CAPITAL%20INTELECTUAL%20NAS%20ORGANIZA%C7%D5ES%20NA%20ERA%20DO%20CONHECIMENTO.pdf


Annecleide Ferreira de Souza1; Keila Fagundes Bitti2;Luciano Delabella3;Maria da Ajuda Boroto Merlin4

RESUMO


O capital intelectual tem se tornado o principal recurso para o contínuo desenvolvimento das organizações. Em função das mudanças tecnológicas, econômicas, políticas e sociais, a sociedade tem buscado novos conhecimentos e novos valores que estão fazendo parte dessa nova fase global. A sociedade está percebendo, através das mudanças, que para sobreviver no mercado competitivo é preciso participar de todo processo evolutivo, buscando estar devidamente qualificado e proporcionar melhores resultados a essa nova estrutura organizacional que tem privilegiado o capital
intelectual. O artigo apresenta conceitos, características e considerações sobre a importância do capital intelectual e seus benefícios para as organizações na era do conhecimento.

CONCEITO DE CAPITAL INTELECTUAL

O conceito de Capital Intelectual tem sido um assunto intensamente estudado e debatido atualmente. Todavia, o uso da palavra Capital Intelectual é muito recente em termos de publicação. Segundo Antunes (2000, p. 81) sabe-se que
o primeiro assunto publicado utilizando o conceito de Capital Intelectual foi em 1994 por Thomas Stewart. No entanto, definir ou explicar o capital intelectual tem sido alvo de diversos pensadores. Para Stewart (1998, p.13), Capital intelectual é a soma dos conhecimentos de todos em uma empresa o que lhe proporciona vantagem competitiva. Ao contrário dos ativos, com os quais empresários e contadores estão familiarizados – propriedade, fábrica, equipamentos, dinheiro – constituem a matéria intelectual: conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência, que pode ser utilizada para gerar riqueza.

O capital intelectual é intangível. É o conhecimento da força de trabalho é o treinamento e a intuição de uma equipe que descobre algo que poderá servir de alavancagem para impulsionar a empresa para o sucesso agregando valores aos produtos mediante a inteligência humana e o capital monetário. Ou seja, capital intelectual pode ser descrito como a capacidade mental coletiva que compõe o goodwill. Segundo Brooking (1996 apud ANTUNES, 2000, p. 73), capital intelectual pode ser definido como “uma combinação de ativos intangíveis, frutos das mudanças nas áreas da tecnologia da informação, mídia e comunicação, que trazem benefícios intangíveis para as empresas e que capacitam seu funcionamento”. Em outras palavras, Brooking diz que capital intelectual equivale à capacidade, conhecimento, habilidade, experiência própria de cada indivíduo, que são empregadas na organização. Edvinsson e Malone et al. (1998) apud Antunes (2000, p 78) definem Capital Intelectual a parte invisível da empresa onde se encontram o capital humano (conhecimento, inovação e habilidade dos empregados mais os valores, a cultura e a filosofia da empresa) e o capital estrutural (formado pelos equipamentos de informática, softwares, banco de dados, patentes, marcas registradas, relacionamento com os clientes e tudo o mais na capacidade organizacional que apóia a produtividade dos empregados).Constata-se que através dos conceitos apresentados, o capital intelectual é um bem intangível, formado pelo capital humano, recurso fundamental para agregar valor as organizações, e pelo capital estrutural que incorpora o conhecimento do indivíduo em ativo para as empresas.